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Como é realizada a artroscopia do quadril

Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)
Por: Publicado em 11/05/2022

Procedimento minimamente invasivo proporciona recuperação mais rápida e menos dor no pós-operatório

O quadril é uma articulação que liga o osso da coxa (fêmur) ao osso da bacia (pélvis). Ele é responsável pelos movimentos dos membros inferiores. Na articulação normal, a cabeça do fêmur e a pélvis são cobertos por uma cartilagem que faz com que a cabeça do fêmur deslize com facilidade, sem causar nenhum tipo de dor ou incômodo.

Porém, existem situações que podem levar a um quadro de dor, geralmente sentida na virilha, que se irradia para a coxa e o joelho, e limitação de movimentos. As mais comuns são:

  • Impacto femoroacetabular;
  • Lesões labrais;
  • Lesões de cartilagem;
  • Lesões do tendão do glúteo médio;
  • Traumas;
  • Doenças sinoviais.

Dependendo do quadro, o tratamento mais indicado é a artroscopia do quadril, principalmente quando o paciente não respondeu ao tratamento conservador, feito com medicações e fisioterapia.

O que é a artroscopia do quadril?

A artroscopia do quadril é um procedimento minimamente invasivo no qual o cirurgião realiza pequenas incisões (de cerca de 1 cm), geralmente nas laterais do quadril e na coxa, por onde serão inseridos os instrumentos cirúrgicos e o artroscópio — uma espécie de cânula, com uma câmera na extremidade.

Essa câmera transmitirá imagens do local a ser operado para um vídeo, o que permite que o médico tenha uma visão ampla e detalhada do sítio cirúrgico durante a artroscopia do quadril, tornando a cirurgia mais precisa.

Durante o procedimento, o cirurgião remove tecidos danificados e fragmentos de cartilagem, além de reparar lesões e suavizar proeminências ósseas. A artroscopia do quadril é uma técnica utilizada para tratar pacientes que apresentam dores na região, mas de maneira preservadora, pois neste tipo de cirurgia a articulação doente não é substituída por uma prótese.

O procedimento dura, em média, duas horas, e é feito sob raquianestesia com sedação ou anestesia geral, dependendo do quadro. O paciente fica internado um dia, recebendo alta um dia depois da artroscopia do quadril.

Quais os cuidados pré-operatórios da artroscopia do quadril?

Por se tratar de um procedimento cirúrgico, o médico solicitará a realização de alguns exames antes de o paciente ser submetido à artroscopia do quadril. Geralmente, são solicitados:

  • Exames de sangue;
  • Radiografia;
  • Eletrocardiograma.

Também pode ser solicitado que o paciente passe em consulta pré-anestésica para esclarecimentos de dúvidas e orientações.

Além disso, caso o paciente faça uso de alguma medicação de uso contínuo, pode haver necessidade de suspendê-la antes da realização da artroscopia do quadril ou então de ajuste de doses.

Como é o pós-operatório da artroscopia do quadril?

Por se tratar de um procedimento minimamente invasivo, a artroscopia do quadril oferece ao paciente uma recuperação mais rápida do que ocorreria na técnica convencional, ou seja, na cirurgia aberta, na qual é feito um único corte, maior. Como esse tipo de cirurgia costuma causar um dano maior aos tecidos, a recuperação é mais demorada e o paciente pode sentir mais dor. Esses riscos não costumam ocorrer na artroscopia do quadril.

Ao receber alta, o paciente recebe indicação para uso de medicamentos analgésico e anti-inflamatórios, além de medicações específicas.

Para que a recuperação dos movimentos ocorra de maneira mais rápida e eficaz, será recomendado ao paciente que realize sessões de fisioterapia já na fase pós-operatória. O objetivo é recuperar a funcionalidade e mobilidade da articulação. Na maioria dos casos, a fisioterapia deve ser realizada de 3 a 4 meses.

O paciente deve permanecer em uso de muletas por algumas semanas após a cirurgia, dependendo da gravidade da lesão, mas é liberado colocar os pés no chão, mas sem apoiar o peso do corpo sobre eles.

Atividades físicas devem ser retomadas gradativamente depois de 4 meses de realizada a artroscopia do quadril. Porém, atividades mais intensas, como corrida e esportes de impacto, só depois de 6 meses.

O retorno ao trabalho, caso não haja demanda física, pode se dar depois de 2 a 3 dias. Dirigir, só com autorização do médico depois de retiradas as muletas.

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Fontes:

Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

Revista Brasileira de Ortopedia

Sociedade Brasileira de Quadril

Hospital Israelita Albert Einstein

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